20 fevereiro 2007

Colcha de Retalhos


Carnaval!!
Eu aqui, sem a menor intimidade com as palavras, comecei a pensar no meu pós-Carnaval.
É ridículo, eu não compactuo com isso, mas constato que o ano começa depois de amanhã.
Depois do Carnaval sai de cena a fantasia e entra a realidade.
EU, ao contrário da música...Tô me guardando prá quando o Carnaval passar....
Me guardando para as ONZE disciplinas para as quais eu me matriculei, num momento de insanidade, para os Plantões no Espaço Crescer , e mais as vinte e ainda não sei quantas aulas que darei no Colégio Espanhol.
Me guardando para o Mig e para a Rafa que chegam amanhã.
Ainda sonho em ter um tempinho básico para o salão de beleza nosso de cada dia, para as amigas que amo e sem dúvida, para o AMOR.
Andei lendo numa revista, uma entrevista em que Marília Gabriela falava que amor duradouro era amor contrariado (ela citou quem disse isso, mas não me ocorre nesse momento quem foi o autor da frase).
Aí ...fiquei pensando em algumas crianças bem pequenas lá da escola, em fase de adaptação, que sofrem muito mais do que outras, em função de uma baixa tolerância à frustração.
Em seguida fiquei pensando nesse amor que para durar não pode ser contrariado, e concluo então que nessa perspectiva amor nenhum é prá durar.???
PÁRA TUDO!!!
O aparelho de DVD, o Computador, o Secador de Cabelo, o Celular e outras coisas desse gênero eu já entendi que não são mesmo programadas para durar.
Objetos estão cada vez mais descartáveis , mas será que estender esse modus operandis para as relações amorosas seria o ideal ?
Eu sei que isso está ficando comum, e é exatamente o que me surpreende.
Que fique claro que minha escrita não tem nenhuma pretensão em defender esse ou aquele modelo de amor .
Achei , na verdade, que essa explicação dada na entrevista me pareceu uma forma de se redimir de uma responsabilidade que todos nós temos diante dos relacionamentos e obviamente de seus desfechos.
Desconfio que, em função da cultura, uma sensação de incompetência afetiva costuma acompanhar as separações e daí essas explicações.
O processo de inserção do ser humano na cultura acontece (também e principalmente) através de sucessivas contrariedades. Como cada um vai lidando com isso no decorrer da vida é assunto prá outro Post, mas aprender a amar talvez passe por aí...
ou não?
Post inspirado em um monte de coisas (daí colcha de retalhos) e também na Mulher Elástica.
Acho que será minha fantasia para o próximo Carnaval!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai ai!! Por que será que o amor é assim tão complicado! qdo penso que ta tudo certo vem um ciclone e me leva pra não sei onde!!
Cansei!!Romance agora só em livros ou nas revistas!!
Mas a esperança de que algum dia ainda vou abrir a gaveta certa e la vai estar meu amor não me deixa ficar assim tão cética!!
Lu, o amor sempre vence!!
beijos

Manoel disse...

Essa da gaveta eu jah (desculpe, teclado sem acentos) ouvi falar. Interessante. Acho que o amor se transforma. Por vezes a surpresa gerada pela mudanca eh legal, e voce assume aquela nova situacao, mesmo sabendo que mudaram as regras do jogo durante o intervalo. Nem sempre isso acontece. Bola pra frente. Cade o time de fora?
Vejo que voce continua questionadora, viva.
Onze? Isso tudo eh tesao? Soh sendo a Mulher Elastico mesmo! Mas no final as heroinas sempre vencem.
Bj

Luciana Barros disse...

É...essa idéia de gaveta eu acho mesmo que aprendemos com os homens!!
Aquela máxima" enquanto não encontro o certo, me divirto com os errados".
Mas na verdade o que eu penso é que ,não basta encontrar!!
Se Freud falou que normal era quem era capaz de amar e trabalhar, logo se constata que fácil não é!!
Receita? Manual de instrução?
Estou à procura!!
Por hora me contento em aprender a me comunicar e concordo, o amor sempre vence!!
beijão e adorei vc aqui!!

Luciana Barros disse...

AH, Manoel!!!

Essa história de gaveta me dá a idéia de compartilhamento.
Cada macaco no seu galho!!!
Não funciona com mulheres de trinta, rsrs
A mudança é necessariamente difícil e precisamente necessária!!
Amar é seguir amando e dizer sim todo dia, eu acho!
E quanto às onze disciplinas, a libido tem que ir pra um lugar e me deixa feliz que seja esse o meu canal!!
Sublimar é preciso, viver nem tanto...
As Heroínas vencem e eu acho mesmo que eu queria ser a mulher elástico!!!

Bjao