12 janeiro 2015

Um post que parece presente ou A moça do SIM


A verdade é que ninguém entendia aquela história direito porque eles transcenderam o óbvio.
Só se sabe que acabou assim...
Sem pizza, sem beijo, sem coragem.
Sem bloqueios virtuais, só físicos.
Perderam a conexão ou descobririam que nunca tiveram a senha de acesso.
Ela era uma moça do sim!
Foi buscar seu sorriso nas mãos de um mago.
Parecia bruxaria mesmo, porque conheceria o sabor de viver simultaneamente num cenário novo, que preservaria a juventude dos 25 e o equilíbrio dos quase 40.
No cinema, as lacunas do roteiro dariam a impressão de que o propósito era encerrar o filme,já relançando o II
Mas enFIM, não era filme.

PS: Post de estréia de 2015, baseado em fatos surreais de um livro que comecei a ler em setembro de 2014 e terminei agora, nessa madrugada.

15 outubro 2013

30 setembro 2013

Irreal,virtual ou surreal?






A rigidez com a qual fui educada contribuiu para que desenvolvesse um mundo interno desdobrável e colorido.
Gostava de ler!
Podia ficar em casa com amigos e vi a adolescência frenética passar enquanto escrevia , estudava, fazia ballet e namorava.
Tudo isso despertou ou aprimorou minha habilidade para procurar,ouvir,sair da superfície.
O mar eu vi, aos 18 anos!
Enquanto isso me ocupava do que o mundo me oferecia, observadora e curiosa por compreender as relações entre as pessoas.
Não demorou para que eu percebesse que esse universo interpessoal tinha a dimensão do mar.
Hoje.... menos introspectiva, curiosa como sempre e um pouco mais segura comecei a colocar minhas dores e desesperanças na janela.
Sortuda que sou, me deparo com a realidade que promovi sem perceber: Gente de verdade atrai gente de verdade.
Os tempos são muitos!
Nesse mundo da Era do Zero,(antes fosse do gelo porque gelo derrete com abraço) eu venho na contramão somando, SÓamando e festejando as coisas boas com entusiasmo desesperado de quem não economiza afeto
Desesperada? Sim porque agora a coca é zero, a felicidade fez morada no Facebook e a beleza no Instagran!
O politicamente correto vai retirando o respeito do circuito em nome de uma hipocrisia disfarçada de polidez.
Os significantes vão se esvaziando.
Mudanças na paisagem!
O mar deu lugar à uma montanha de gente solitária, triste, competitiva e inerte.
E tudo me fez lembrar de uma propaganda romântica de doer.
A moça caminhava e era surpreendida por um desconhecido que lhe oferecia flores.
Hoje as flores são entregues à moda Caio Castro e a disposição para encontrar pessoas, falar, ouvir com interesse,opinar honestamente (discordar e reclamar entra aí) é praticamente obra de conspiração divina e não acontece nem nas novelas.
Na vida real, sigo colocando minha coleção de imperfeições na vitrine por uma questão adaptativa.
Alguns olham e se aproximam, outros correm desconfiados...
Eu até compreendo os desconfiados, mas só consigo amar os corajosos.


18 agosto 2013

Amigos, livros, recortes e a invencibilidade nossa de cada dia!




Dia desses, conversando com um amigo sobre um livro, me dei conta de que havia deletado uma determinada  parte da narrativa.
Cheguei a duvidar do que ouvi e até imaginar momentaneamente a possibilidade de um equívoco  de interpretação.
Logo no dia em que conversamos fui olhar o livro e achei rapidinho.
Já sabia onde estava.
Reli. Reli e salvei no meu HD. , numa pastinha de fácil acesso.
Uma ou um milhão de razões me levaram a deletar o fragmento.
Não fiquei tentando enumerar quais foram essas as razões...
Claro que fiquei na "pensação" ( ou não seria eu) mas dessa vez, tecnicamente falando, generalizei a experiência do livro mutilado pra vida real.
Viver é exatamente isso: Um salvar e deletar constantes...
São recortes.
Amigos são as pessoas que nos ajudam a selecionar o que merece ser lembrado e o que precisa ser deletado.
Depois desse livro,  depois da minha leitura especificamente, perdi a ingenuidade.
Começo  a pensar que o  bem não vence o mal, nem vice versa.
Eles  nunca disputaram.
Vence o desejo, vence a vontade que se compromete e se transforma em  ação!






18 junho 2013

Alguém me arruma um corretor ortográfico?






Alergia é uma espécie de dislexia do psiquismo.
Comigo é assim!!
Um "R" fora do lugar que compromete a respiração e não para aí...
O sono, a produtividade, o humor...tudo vai perdendo o fôlego.
Na adolescencia, na falta da alegria vinha o choro!Saudade dissso!
Atualmente, meu corpo dispara  alarmes silenciosos.
Desconfio que essa coisa de ser valente  ( e inevitavelmente insensível  )  é o que desperta uma espécie de  sensibilidade desordenada no meu sistema imunológico.
Lacan já sabia que toda demanda era de amor.
Por hora a indústria farmacêutica vai resolvendo o que só o tempo ( e as ferias de Julho) vai curar






21 maio 2013

Outra Estação



Alguns invernos são bem mais frios que outros.
Talvez as quatro estações possam não ser apenas quatro.
E eu...
Sempre tão questionadora percebo que amadurecer, pressupõe otimismo.
Continuo essencialmente seletiva e percebo que nem tudo que precisa mudar merece minha energia.
Aprendi a selecionar quais as batalhas realmente importam.
Surpresa feliz descobrir que minha adolescência repleta de indignação não se transformou em amargura.
Sigo questionando? Sempre!
Argumento com firmeza, sempre que necessário.
Se discordo veementemente, recorro ao silencio até que a veemência vá embora.
Algumas pessoas parecem ter suas convicções empilhadas.
Basta um ventinho leve pra desmoronar tudo e pilha se desfazer.
Gente assim costuma não abrir a janela.
Hesitam, impedindo o sol de entrar, por temerem a possibilidade do vento.
Eu gosto de vento. 
Ele só derruba o que não foi bem sedimentado.
Já me reconstruí muitas vezes.
Respeito o dinamismo da vida e quero que esse movimento me atinja sempre.
De uns tempos pra cá, coloquei tudo na vitrine: meus desacertos, medos, meus desajustes.
E... uma vez na vitrine, vendo tudo ali humanamente exposto, pessoas novas se aproximaram.
Ser de verdade deu permissão para que outras pessoas  revelassem seu Lado B.
Novas amizades, novos sorrisos, novas historias.
Uma dorzinha ou outra, fica sempre.(Cuido pra que ela ocupe o menor espaço possível na minha vida).
Meu joelho não será mais o mesmo, nem minha relação com o Flamenco.
Pode ser tudo muito melhor, inclusive!
Talvez a psicologia volte a ser parte da minha vida, porque o joelho dançou.
Talvez amanhã descubram que as quatro estações são mais de oito.
Esse dinamismo que provoca, que faz sorrir e doer chama vida.
Dela eu não quero ser poupada.
Como diz Adélia Prado de maneira escandalosamente linda e real:

04 maio 2013

Raí !


 

Foi ideia, ensaio, desejo, vida!
A vida da minha vida!
A melhor parte da minha história.
Foi quando cheguei mais perto de Deus
Foi quando conheci minha força.
Você me trouxe asas e raiz!
Minha sede! Meu motor!
O momento em que mais te amo é sempre o último em que estive ao seu lado.
Feliz aniversário, meu amor!
Parabéns por ser tão Raí!
Parabéns por fazer brotar alegria na vida de tanta gente!
Sorte maior não há que ter sido escolhida por você.

28 abril 2013

Síndrome de Amelie Poulain.




 
Uma das minhas metas na psicoterapia é curar minha Síndrome de Amelie Poulain. 
Encantei-me com o filme e com aquela moça linda, altruísta e bem  humorada.
Seu empenho em buscar soluções mágicas e imediatas para vidas alheias me conquistou.
Foi depois de muito tempo, em uma discussão acadêmica que abordava empatia, que me apresentaram outra face da moça bondosa do filme. Amelie era a típica bem intencionada com passe livre pro inferno.
Desconhecia a premissa básica para toda e qualquer relação de cooperação: Empatia!
A tal arte de se colocar no lugar do outro.
Procurando ver, conhecer e compreender, sem julgar..
Só depois, a partir da necessidade e ou do desejo do outro, auxiliar.
Amélie Poulain nunca soube  disso
Tenho muito dessa moça do filme.
Quem convive comigo sabe o quão desastrosa é essa mania.
Eu sou quase um manual pratico de soluções para os problemas alheios.
Subjacente a essa “ajudação” está alguém que se isenta de buscar soluções para os próprios problemas. Provavelmente por não se dar conta de quais são os conflitos que merecem solução.
Por não sobrar tempo, energia.
Talvez por faltar humildade ou sobrar medo.
O fato é que AmeLU  Poulain  está com seus dias contados.
A psicoterapia me coloca necessariamente no lugar de quem procura ajuda.
Estou eu, humana e corajosamente assumindo minha fragilidade na certeza de que a moça altruísta sairá de cena.
A Síndrome de Amélie Poulain  vai desaparecer na medida em que eu me fortalecer  a ponto de ser mais generosa comigo mesmo!  

28 março 2013

Alma Menina... colecionando certezas!





Através dos anos e das palavras, me descubro.
Um olho vivo auxilia esse mapeamento.
Ouvi, num dia desses que eu tinha alma de criança.
A afirmativa  me trouxe respostas provisórias, desvelando alguns segredos.
Uma alma de criança!
Daí a dificuldade em silenciar e ignorar a perfídia.
Daí a doçura, a mania de fazer festa só com o olhar.
Meu desajeito, meu riso fácil, e minha crença que não desmorona.
Daí a mania de contar, elogiar, me declarar para a vida e me lambuzar, sempre.
Assim explicam-se algumas das minhas inofensivas coragens absurdas.
Sou capaz de  esvaziar-me  em lágrimas, sem pudor, até conseguir adormecer a tristeza.
Rir da maldade só pra que ela não cresça.
Capaz de desproteger-me só para alcançar o amor.
Uma alma de criança que segue guiada pela intuição.
Que corre, canta, dança, brinca, abraça ,beija  e não esquece.
Alma arteira de criança inteligente que escuta o silêncio, se cansa e obedece.
Essa minha alma de criança, dorme, sonha e  logo que acorda abre a janela e sai apressada.
Ultimamente tem andado mais alegre e misteriosa, quase completando sua mais nova Coleção de Certezas .
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27 março 2013

De quando fui poema...Un Cadeau



Benvinda, Linda!

Nada se foi.
Tudo ficou.
Como assim?
Já passou!

Não! Está tudo aí.
Na vida que ensina.
Na leveza da rima.

Foi atingida?
Não sabe por quem?
Ninguém sabe!
Vá além.
Amém!

Aquela menina,
de garras felinas.

Que se abram as cortinas.
O espetáculo vai começar.
As 37 léguas Lucianinas.